quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Diego

A semana toda os preparativos,
todos curiosos para recebê-lo,
todos ansiosos também,
o clima é de paz total,
um lugar onde todos querem conhecer,
todos querem saber se existe,
e se existe, como que ele é,
tem que estar tudo nos conformes,
a sintonia é divina,
o ar é puro,
os sentimentos são a flor da pele,
o ar é mais leve,
as cores mais fortes,
os problemas também chegam lá,
mas para entender que são necessários,
a festa é para os que o recebem,
os anjos tem mais um convidado.

Hoje,
esse convidado precisa de paz,
a carne dele ficou,
a alma dele chegou,
renasceu,
passará por novas experiências,
por aprendizado,
por um processo de entendimento,
das coisas que não entendemos,
mas o convidado se tornará mais um,
na busca da perfeição divina,
ajudando os próximos convidados,
que recebem uns aos outros com amor,
o verdadeiro amor que buscamos,
aprenderá os verdadeiros sentidos,
e a verdadeira felicidade,
que está dentro de cada um,
de cada alma,
que o receberá
e das que estão presas ainda à carne,
numa etapa anterior.

Tristeza,
para os que não podem abraçar,
ouvir ou ver,
mas podem falar,
pensar.
Usando a alma,
poderá ouvir com o coração,
pois o convidado estará ouvindo.

Felicidade,
para os que o recebem,
podem transmitir os sentimentos,
de forma que ainda nos é desconhecida,
estão acima de qualquer abraço,
qualquer beijo.
Uma forma de transmissão de sentimentos divina

e desconhecida.

Dia de festa.





L.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dos males o menor?

Bom, nada melhor que um trabalho novo para renovar as energias. Novidade sempre dá um ânimo diferente. Então, vamos lá, porque afinal, alguma coisa aconteceu para me deixar pra lá do meio.

Segundo dia de trabalho: ia encontrar com minha diretora para entrevistar pessoas que poderiam virar depoentes para a próxima novela do Manoel Carlos, Viver a Vida, chiquérrimo.

Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio de Janeiro, 15h, aquele calor básico e nada de encontrar o tal do número da Instituição. Afinal, eu, sortuda que só, saltei longe apostando ser mais perto. Continuando. Consegui achar meu querido celular (especialmente querido como nenhum outro jamais fora) dentro da minha bolsa enorme com as minhas mãos completamente ocupadas com pastas e papéis, com números, nomes, endereços e etc. Melhor que achar meu celular, foi achar o telefone da minha chefe anotado em um destes mil papéis. 15h15...Ai meu Deus! Meu segundo dia!

- Alô? Zezé...? Sou e.............. pipipipipi

Sim. Dois trombadinhas (será que alguém relacionado aos direitos humanos vai reclamar da minha denominação?), ou melhor, dois meninos moradores de rua me empurraram e levaram meu celular. Não só meu celular, como meus óculos. De grau, queridos... De grau. Sem os quais eu mal conseguia enxergar os números dos ônibus - sim, meu único meio de locomoção.

Fui possuída por um sentimento muito ruim, fiquei com muita raiva, mas muita, mas muita meeeeesmo. Não, eu não consegui pensar na falta de oportunidades deles e tampouco nas histórias tristes de cada um. Peraí!!! Meu óculos de grau?...

Chorando horrores e pedindo auxílio aos poucos pedestres e vigias que se encontrava nas redondezas, assustados com o meu estado, confesso, consegui chegar ao meu destino.

- Oi, Zezé, desculpa, é que eu fui...

- Assaltada. Imaginei. Mas tá tudo bem?

Sim, estava tudo bem. Afinal, eu não tinha me machucado e nem tive uma arma apontada para mim. Dos males, o menor, como dizem por aí...

Bom, como se não bastasse o transtorno, as consequências. Primeiro: ligar para a operadora e cancelar a linha temporariamente. Depois de vinte minutos esperando, a melhor parte: 'Essa ligação irá gerar um protocolo que será enviado para o seu celular via sms no prazo de 24 horas. PARA O MEU CELULAR??? QUAL CELULAR??? SE EU ESCOLHI A OPÇÃO PARA REGISTRAR A PERDA OU ROUBO DO CELULAR??? Aff...haja paciência.

Segundo: ir a Delegacia fazer um Boletim de ocorrência.

-Bom dia.
-Bom dia, senhora. (Senhora???Enfim...)
-Eu gostaria de registrar uma ocorrência, roubaram meu celular e meu óculos.
-Seu nome, por favor?
-Caroline blablabla...
-Sua profissão?
-Jornalista.
-Formada?
-Que diferença faz isso agora minha filha? Nem diploma você precisa ter mais.

Até ela poderia responder para mim: sou jornalista. Até os meninos que me roubaram.

Não que eu não vá dar valor ao meu diploma. Darei. E muito. Mas por favor, né?

Depois de esperar horas na delegacia, consegui, com muito custo - pois até tentar fazer reconhecimento eles me colocaram para fazer - consegui.

Reconhecimento? Nem que eu fosse uma ótima fisionomista, né?

Agora me diz: dá para não ficar prá lá do meio?

Carol